“E chamou ao menino Icabode, dizendo: De Israel se foi a glória! Porque a arca de Deus foi tomada, e por causa de seu sogro e de seu marido” I Sm 4.12
Este é um dos episódios mais tristes da história de Israel, triste não somente pela derrota na batalha para os filisteus e a tomada da Arca da aliança, mas principalmente por ser o ápice da decadência espiritual da casa sacerdotal.
Eli, sacerdote da época, já havia recebido uma palavra de juízo vinda da parte de Deus através do jovem Samuel, pois ele mesmo já não conseguia ouvir com clareza a voz de Deus e tudo isso se deu em razão da permissividade e complacência com a rebeldia e pecados por parte dos integrantes de sua casa, a saber, os seus filhos.
Quando Eli morre, por saber a triste noticia da derrocada de Israel e a morte de seus filhos, sua nora dá a luz a seu neto e lhe põe o nome de Icabode, que traduz aquilo que eles estão vivendo.
Tal história nos desperta, para não incorrermos nos mesmos erros. Precisamos atentar para não sermos permissivos dentro de um mundo tão cheio de propostas e opções. Não relativizarmos as coisas, especialmente quando o assunto é o pecado e as nossas casas. Não fecharmos os nossos olhos e ouvidos para aquilo de errado que esta diante de nos, pois ao fazermos isso, o resultado é o entristecimento do Espírito Santo e a ausência da presença de Deus.
Se atentarmos e praticarmos essas verdades e como sacerdotes estabelecidos por Deus nas nossas casas, não fecharmos os nossos olhos e ouvidos confrontando com firmeza o pecado que tão de perto nos rodeia, a glória não se vai, a glória fica. A presença de Deus se manifesta e em lugar de pecado há santidade, em lugar de desunião há harmonia, em lugar de litígio há paz.
Que Deus nos fortaleça para que não somente neste ano, mas a cada ano da nossa caminhada, andemos diante da presença d’Ele buscando sempre viver de acordo com a sua vontade e desfrutando da sua maravilhosa Glória.
Pr. Marcelo Santana
Pastor Titular da Igreja de Nova Vida em Águas Claras