Orai Sem Cessar, mas não Sem Pensar Tg 4.3

Mensagem do dia 13/01/2019

No ramo do Direito todo advogado tem o dever de saber quais são os requisitos formais e materiais de uma ação. O desconhecimento desses requisitos pode gerar nulidades insanáveis às suas pretensões.

Em uma análise bem simples dos preceitos Bíblicos sobre a oração fica bastante perceptível que, ressalvadas as devidas proporções, a oração eficaz também possui requisitos formais e materiais. No caso dos requisitos formais que estão relacionados a questões comportamentais, como se oramos sentados, ajoelhados, se falamos alto, se apenas pensamos, não há muito o que dizer, pois, embora relevantes, eles não chegam a gerar “nulidades” no reino dos céus, contudo não é possível dizer o mesmo em relação aos “requisitos materiais” da oração, pois esses dizem respeito ao seu conteúdo, como o que se pede, para o que se pede, e, até mesmo, quem pede.

Há condições que são imprescindíveis para uma oração “que pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16), e a Bíblia está recheada desses requisitos. O próprio texto citado acima traz uma dessas condições quando nos exorta a confessar as nossas culpas, mostrando que esse é um pré-requisito para ser considerado justo. No mesmo livro de Tiago o autor nos diz que pedimos e não recebemos porque pedimos para gastar em nossos próprios deleites (Tg 4.3). Outro texto bem significativo é o do Evangelista João, que diz que se nós permanecermos Nele e Ele em nós, o teor de nossas petições certamente estará no centro da vontade Dele e não da nossa (Jo 15:7). Na Epístola aos Romanos há um alerta para o fato de que não sabemos como orar, e, portanto, o Espírito que habita em nós é quem o faz em conformidade com a vontade do Pai (Rm 8.28). O ensino é que, ou você está Nele e Ele em você, ou terá muitas dificuldades com suas orações. Os requisitos materiais de uma oração em sintonia com a vontade de Deus estão por toda Bíblia, entendê-los pode fazer muita diferença.

Que a Igreja Nova Vida em Águas Claras ore sem cessar, sem deixar de considerar estas verdades, a fim de que sejamos aceitos em nossas petições.

Pr. André Costa